31 de outubro de 2009

ENTREVISTA COM IVACY SIMÕES, APRESENTADOR DO PROGRAMA DOMINGO É DIA DE BANDA











A equipe do Programa Coreto esteve na cidade de Acari/RN, onde se encontrava em companhia do músico acariense “Gata” (ouvinte assíduo do Programa Coreto), o Sr. Ivacy Simões, apresentador do programa “Domingo é Dia de Banda” na cidade de Itabirito/MG e coordenador do projeto com o mesmo nome de retretas realizadas todo o último domingo de cada mês na referida cidade mineira.


Coreto: Como surgiu a idéia de criar um programa voltado para bandas de música?

Ivacy Simões: Minas Gerais é uma região, tradicional em bandas de música, é o estado onde possui o maior número de bandas de música de todo o Brasil. Itabirito não é diferente. Em Itabirito e região o povo é voltado pra banda de música. Toda família tem alguém que já tocou em banda de música; toda família tem uma pessoa que já pertenceu a uma diretoria de banda. Então passou pela minha cabeça na época, que um programa dessa estirpe além de ajudar as bandas de música, além de auxiliar, divulgar, ia ter uma audiência muito grande. E foi isso que nós fizemos. Nós temos em nossa cidade, duas bandas de música: uma centenária que é a corporação musical Santa Cecília e a outra, quase centenária, já está com mais de oitenta anos, que é a corporação musical União Itabilitense. São duas bandas assim da melhor qualidade, são bandas respeitadas no estado de Minas Gerais, daí surgiu a idéia de se fazer o programa, nós tivemos uma aceitação muito grande, e hoje, sem falsa modéstia e sem nenhuma modéstia, é um dos programas de maior audiência da cidade de Itabirito e de toda a região porque nós temos além de Itabirito, nós temos ali próximo, Ouro Preto, Mariano, Cachoeira do Campo, Passagem de Mariana que são cidades também voltadas pra banda de música, e possui bandas de música da maior qualidade.


Coreto: Quanto ao público e a audiência do seu programa?

Ivacy Simões: Eu devo confessar que o público adulto, vamos dizer assim, da melhor idade, são fanáticos, mas como as bandas de música hoje não estão tocando só... e a gente briga muita lá na nossa região, pra que as bandas aqui... eu noto até o Seridó por exemplo, eu recebi um CD, do meu amigo “Gata”, tem muitos dobrados, as bandas da nossa região lá, se deixar, elas vão deixando de tocar dobrados e marchas, então a gente faz questão, obriga... nos encontros que nós fazemos lá, as bandas são obrigadas a tocar um determinado número de dobrados, porque o povo gosta, e com isso também ela agrada aos jovens, as pessoas de menos idade, e não agradar só os adultos, agrada também as crianças, os jovens e porque não, toda a cidade que gosta de música de banda.


Coreto: Quanto a interação entre o programa e os músicos e mestres da bandas de música?

Ivacy Simões: Olha, cresceu e muito! Além do programa domingo é dia de banda, que vai ao ar todos os domingos lá na nossa cidade, de 09:00 até 10:30, nós temos um outro projeto com o mesmo nome, em que as bandas se apresentam em praça pública, cada último domingo de cada mês a banda de Itabirito recebe a visita de uma banda de uma cidade vizinha, ou até mais longe, a prefeitura arca com todas as despesas (a prefeitura acatou o projeto) por que tem uma audiência muito grande também, o povo prestigia, e isso para os maestros é muito bom, e para os músicos. Eu comparo a banda de música com um time de futebol. Você vai apresentar, fazer um jogo, você tem que ter público para assistir. Lá uns tempos atrás, quando em Itabirito se falava assim: vai ter uma retreta de uma banda, tinha lá alguns gatos pingados, a verdade é essa. Hoje quando se fala que a banda vai pra praça, ou vai ter um encontro de bandas, é 500, 600 pessoas tranquilamente, assistindo, prestigiando, apoiando... e isso dá ao músico um entusiasmo muito grande, porque o artista gosta de ser visto e ser aplaudido.

Coreto: Qual a sua opinião sobre o papel e atuação das bandas de música nos dias de hoje?

Ivacy Simões: Como eu disse... perdeu muito o papel da finalidade de banda de música. Há uns tempos atrás as bandas de música participava, acho só de procissão. Hoje mudou bastante, hoje a banda já participa de outros eventos: procissão ou mesmo outros eventos religiosos praticamente das igrejas. Hoje eu vejo a banda participando de muitos shows, de muitas festas... Lá na nossa região mesmo se tem uma festa, uma inauguração, a banda tem que estar presente, e está presente. Lá... é bom lembrar (isso aí eu não sei aqui da região) mas a prefeitura, os prefeitos que tem passado lá na nossa cidade tem dado um apoio muito grande as bandas, elas recebem uma subvenção muito boa, e além de receber essa subvenção, a prefeitura patrocina quando necessário os ônibus pra que elas vão visitar outras cidades, fazer apresentação fora da nossa cidade. Então os músicos têm interesse, a direção da banda tem interesse, a cidade tem interesse, e com isso, itabirito tem recebido muito da parte de arte, porque as bandas são prestigiadas.

Coreto: Para você, qual a importância do programa “Domingo é Dia de Banda” para a continuidade e valorização das bandas de música?

Ivacy Simões: O programa que a gente faz, e acredito que o que você faz, dá um destaque pra banda de música. Hoje são poucas as rádios do Brasil (eu lembro aqui a rádio bandeirantes do Rio de Janeiro, com Zair Cançado, todas as sextas-feiras às 22:00 horas) que transmitem programas voltados para o público de banda de música. O nosso programa divulga as bandas, e com isso, elas se tornam mais populares, e hoje a aceitação já é muito mais do que há alguns tempos atrás é que a banda estava um pouco esquecida abandonada. Na nossa cidade, depois do programa nosso, da divulgação das bandas, depois do projeto, as bandas ganharam assim uma popularidade muito grande, muitos jovens passaram a fazer parte da banda, hoje as bandas são totalmente reformadas e reformuladas na nossa cidade, com muitos jovens, por que ao jovem interessa... e importante: grandes músicos tem saído depois para grupos musicais, pra conjuntos musicais, e que eu também brigo muito lá, pra que não chamem de banda um grupinho de 4, 5 pessoas aí, que forma um grupo, que na verdade é um grupo, e chamam de banda, isso não é banda, banda é um grupo de 15, 20 pessoas que tocam, inclusive andando, eu falo muito lá no nosso programa. Às Vezes dizem: vai ter um baile com banda e tal. Que banda que é: tem um teclado, tem um piston, um saxofone , mas isso aí não é banda, isso é um grupo musical, isto é um conjunto. Então a gente briga muito lá para manter o nome. Banda é banda, grupo musical, conjunto musical. Vamos nessa aí também e outra coisa, e as bandas também não esquecerem de tocar também, não esquecerem dos dobrados, marchas, valsas são tradicionais de banda de música.

26 de outubro de 2009

VALSA

É um tipo de dança clássica, embora sua origem tenha sido campestre. A valsa surgiu na Áustria e na Alemanha, no inicio do século XIX inspirada em danças como o minueto (dança na qual os pares dançavam separados) e o laendler (dança campestre, na Alemanha). Importante pontuar que a valsa surgiu primeiramente como uma dança, sendo posteriores as composições das valsas como música.

A palavra “valsa” tem origem na palavra alemã “waltzen”, que traduzida quer dizer “dar voltas”.
Diz-se que a valsa é uma dança de compasso ternário, ou seja, tem três tempos, sendo o primeiro tempo forte e os demais fracos.

A princípio, a valsa era vista como vulgar, e até imoral, pelas classes sociais mais altas, e pela aristrocacia. Em alguns países europeus (na corte alemã e partes da Inglaterra) a valsa foi proibida, tamanho era o preconceito. Nas camadas populares, a dança ganhava cada vez mais adeptos.

Quando Napoleão Bonaparte foi derrotado, em 1815, foi realizado na Áustria o Congresso de Viena, que reuniu a nobreza e os políticos de diversos países, com o objetivo de restabelecer os laços entre os países europeus. Nessa ocasião, o músico austríaco Sigismund Neukomm, introduziu a valsa entre a nata da sociedade européia, o que garantiu, a partir de então, a presença desse tipo de dança nos palácios e cortes em todo o mundo. Surgiram então algumas diferenças entre a valsa original, a vienense, e outras que nela se originaram, como a valsa inglesa.

O mesmo músico, Sigismund Neukomm, veio ao Brasil em 1816, para ser professor de D. Pedro I, ao qual ensinou composição e harmonia, e da Princesa Leopoldina, a quem ensinou piano. A valsa vienense, introduzida então no Brasil, fez sucesso não só entre a nobreza, mas em todas as classes sociais, dando origem, inclusive, a outros ritmos, como as populares serestas. Historiadores encontraram no diário de Neukomm, indícios de que as primeiras valsas compostas no Brasil foram de autoria de D. Pedro I.

O maior compositor de valsas, considerado o “rei das valsas” foi o vienense Johann Strauss II. Dentre suas obras primas, destaca-se o Danúbio Azul. Outros músicos de renome internacional, como Weber, Chopin, Ravel e Brahms têm valsas em seus repertórios.

A valsa é encontrada no repertório de alguns compositores brasileiros, como Villa Lobos, Carlos Gomes, Ernesto Nazaré, Chiquinha Gonzaga, entre outros.

Ainda hoje, no Brasil, dançar valsa é uma tradição insubstituível em bailes de debutantes, formaturas e casamentos.

Fonte: http://www.infoescola.com/artes/valsa/

18 de outubro de 2009

BANDA DE CARNAÚBA DOS DANTAS COMEMORA 30 ANOS DE FUNDAÇÃO









A banda musical de Carnaúba dos Dantas realizou ontem, dia 17 de outubro de 2009 uma apresentação em alusão aos 30 anos de fundação da então “Banda de Música Governandor Tarcísio Maia”, atual “Filarmônica 11 de Dezembro”.

O diferencial desse evento foi o fato de que os músicos instrumentistas que se apresentaram foram justamente os veteranos e veteranas que fizeram parte da primeira formação do referido grupo musical no ano de 1979.

Durante 2 meses, os integrantes reuniram-se e voltaram a praticar seus respectivos instrumentos, executando aquelas melodias e harmonias que outrora animavam e abrilhantavam as festividades cívico-religiosas de Carnaúba dos Dantas e região do Seridó.

Após o período de preparação, mas precisamente ontem, a antiga banda de música saiu às ruas de Carnaúba ao som do dobrado do saudoso maestro Felinto Lúcio Dantas “Estréia”. O desfile emocionou àqueles que saíam às suas calçadas e varandas com lágrimas nos olhos para ver a banda passar.

O desfilou seguiu em direção a Igreja Matriz de São José, na qual haveria a novena da festa de Nossa Senhora das Vitórias.

Após a novena, sob a batuta do maestro Francisco Rafael Dantas “França” (Antigo maestro da banda carnaubense) e Carlos Guedes (neto de Felinto Lúcio e também ex maestro da filarmônica) a banda realizou uma belíssima retreta. No repertório estavam os dobrados Estréia e 11 de Dezembro, o maxixe Chora Meu Baixo e a Valsa Royal Cinema.

O evento também homenageou os mestres falecidos Tonheca Dantas e Felinto Lúcio Dantas e os músicos também falecidos, entre eles “Zé Irinho”.

Ao final da apresentação o mestre França declamou uma poesia em homenagem a Carnaúba dos Dantas, cidade conhecida como “Terra da Música”.

DO BLOG: Parabéns a idéia e iniciativa de Luciano Pacelli, Joelson Idevando, ao maestro Márcio Dantas, ao Sec. de Cultura Municipal de Carnaúba dos Dantas João da Banda, a Carlos Guedes e aos músicos de ontem e de hoje da Filarmônica 11 de Dezembro, antiga Banda de Música Governador Tarcísio Maia. Através desse sentimento de nostalgia que permeou as apresentações da antiga agremiação musical vocês conseguiram transmitir os benefícios que a música e a união dos músicos, antigos e atuais podem produzir e proporcionar.

17 de outubro de 2009

"A BANDA"

Fervilha sobre as calçadas
uma grande multidão...
... que a banda já vem chegando,
com seus feitiços de som...

Quem manda e desmanda a banda
é a batuta que comanda...
De repente,
atira um gesto...
Risca o ar...
Brota a magia...
E a explosão da sinfonia
salta das mãos do maestro!

Na rua, o povo apinhado
farfalha aplausos,
e a banda surge, tocando um dobrado!

Pare tudo o que trabalhe
pra ver e ouvir a retreta!
Pare a costura na agulha!
No papel, pare a caneta!
Pedreiro, largue a argamassa!
Não faça pão, “seu” padeiro!
Pare de riscar a terra
o ancinho do jardineiro...
Que não se escute na tábua,
o prego do carpinteiro...
Que as nuvens façam feriado,
suspendendo o chuvisqueiro...
Que haja um rosto na vidraça,
porque a banda, agora, passa
num festim alvissareiro!...
Vem a banda em sarabanda,
com metais enrondilhados
nos pescoços dos soldados...

Deus, tirando o sol do armário,
jogou-o dentro da amplidão...
Neste dia extrordinário,
vêm coturnos pontilhando
com seus compassos binários,
a partitura do chão:

“Bate passo e contrapasso,
vem batendo em marcação...
Bate pé, mais outro pé...
Firme, bate o pé no chão...
Pé direito... Pé esquerdo...
(um irmão com outro irmão)
têm batidas de martelo,
têm pancadas de pilão...
Um e dois – levanta a perna...
Três e quatro – a perna abaixa...
E os coturnos vêm pisando,
rechinando,
pisoteando
tudo o que no chão se acha...
Pedregulho solta arrulho
do solado de borracha...
Só o milico da caserna
ficou fora desta marcha...”

Ouve a banda como é bela!...
De cada nota que solta,
salta pra o céu uma estrela!


Que as casas abram as portas!
Que se escancarem janelas!
Que o silêncio atrás das bocas
ponha trancas e tramelas!
E caia, em jorro imortal,
um dilúvio musical
de marchas, maxixes, frevos,
dobrados e tarantelas!...

Quem tem olhos lance olhares
por sobre a banda que vem
desfraldando pelos ares
a intensa polifonia
nas cores da sinfonia,
que o som tem cores, também!

Vem rosnando o BOMBARDÃO
num redondo som bonacho,
e o ronco pesa tão grosso
que o BOMBARDÃO ronca baixo.
Neste embrulho de barulho,
enrolado em alvoroço,
vem com a voz oca de poço,
pondo quase o mundo abaixo...

Toda a família dos sopros
um viveiro traz em si:
vem araponga, sabiá,
cotovia, tangará,
pintassilgo, rouxinol,
seriema, curiango,
saracura, bem-te-vi...
Num bailado de asas, fogem
em corrupios de escarcéu...
Esse som que a banda solta
manda os pássaros de volta
que vão cantar pendurados
lá nos poleiros do céu...

Vem fungando o CONTRABAIXO...
Funga, funga que se racha...
Embuchado no seu bucho,
coaxa o sapo de um riacho.
Sobe a banda rua acima...
Desce a banda a rua abaixo...
CONTRABAIXO vem atrás;
Dona TUBA vem ao lado...
Dona TUBA se estrebucha,
arfa o peito, arqueja, murcha
e uma queixa desembucha
num clamor apaixonado...
É que o “senhor” CONTRABAIXO
não quer ser seu namorado.

Vem que vem o BOMBARDINO,
bafejando o bombardeio
das baforadas de um hino,
que o hino, criando asas,
quanto mais toca, mais voa
sobre o povo, sobre as casas,
sobre as árvores das praças,
sobre as águas da lagoa...
Pela voz do BOMBARDINO,
foge um anjo que abençoa...
Deixa a sorte de ser má,
porque a música é tão boa.

Já o TROMBONE espicha o beiço
e cospe pelos metais
o som que alimenta a fome
dos ouvidos, e o TROMBONE
se emociona e toca mais...

Vem desfiando fios de brisa
a garganta cristalina
da CLARINETA que, quanto
mais canta, mais ilumina
de espelhos relampejantes
que se soltam saltitantes
da aguda voz de menina...

A TROMPA, encaracolada,
em suas carnes de metal,
vem desenrolando da alma
um novelo de gemidos
que gemem tão parecidos
com essa orquestra de soluços
que chora em prantos avulsos
a mulher sentimental.

Sinuoso SAXOFONE,
de corpo serpeando um “S”,
canta alto e comovido,
que a música mais parece
que não é música, é prece
que ele reza em seu mugido...

Treme pedra, treme poeira,
treme pó no preto asfalto...
Tremem trinos na zoeira
do SAX-TENOR trinando
em dueto com o SAX-ALTO...
No mastro, treme a BANDEIRA,
BRASILMENTE,
BRASILEIRA;
e, em tremenda tremedeira,
num tremor de reverência,
até o céu faz continência,
fardado de azul-cobalto...

A banda é a voz da verdade,
e a verdade não tem véus...
Quando a banda está tocando,
não é a banda... É Deus cantando
pelos teatros dos céus...

PRATOS vêm batendo guisos
em gargalhadas de risos
que explodem como cristais,
saltando estrelas quebradas
dos cacos que dão risadas
de metais contra metais...

Saltam chispas de batidas
nas batidas do TAROL
que parece um sol pequeno
embaixo do próprio sol.
Mas, quando o TAROL troveja,
se disfarça de bandeja
e obsequeia algazarras
de um campo de futebol...

Surram-se peles de touros
esticadas nos tambores,
berrando estrondo de dores,
no brete estreito da rua...
De repente, arranca o vento
tanta luz do firmamento
que joga, em cada instrumento,
a prata branca da lua...


Vem o BUMBO ritmando
resmungos no vozeirão,
como se fossem conselhos
de um velho sábio tão bom
que traz, nas rugas da voz,
rugas de papel crepom;
e, das pancadas do BUMBO,
saltam tosses de trovão...

Descem pancadas no lombo
do SURDO, e o SURDO, em terror,
sentindo tal desagravo,
apanha feito um escravo,
tendo seu corpo algemado
na senzala de um tambor.

Com grande roupão de sombras
a tarde então se encobriu...
A banda já foi embora...
O povo também sumiu...

E a velha noite, enrolada
num fofo xale de estrelas,
rezando orações de vento,
de tão cansada, dormiu!!!


Ítalo Zailu Gatto

12 de outubro de 2009

FILARMÔNICA 11 DE DEZEMBRO DA CIDADE DE CARNAÚBA DOS DANTAS/RN



A Filarmônica Onze de Dezembro foi criada no dia 28 de julho de 2001, no ato de fundação da Associação Musical e Cultural Onze de Dezembro. Sua origem, porém, remonta ao século XIX quando José Venâncio Dantas fundou a primeira escola de música e daí foram revelados talentos que romperam as fronteiras da nossa região, do nosso estado e até do nosso país.

No ano de 1978, o maestro Felinto Lúcio Dantas, o bispo Dom José Adelino Dantas e a Prefeitura Municipal de Carnaúba dos Santas, se uniram e conseguiram, junto ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte, o instrumental para a criação de uma Escola e a formação de uma Banda de Música. Inicialmente foi contratado o Maestro Francisco das Chagas Silva (Pinta), da cidade de Acari, ex-aluno do mestre Felinto Lúcio, e no dia 19 de março do ano de 1979, por ocasião da festa do padroeiro São José, a banda de música Governador Tarcísio Maia, para encanto e orgulho de todos os carnaubenses, estreou, tocando músicas de compositores da terra. Até o ano de 1994, quando se aposentou, o mestre Pinta, manteve a escola de música, ensaiava e regia a banda.

Entre os anos de 1994 e 1996, assumiu a regência o músico Carlos Guedes Câmara. De 1997 até o ano 2000, a regência esteve sob o comando do músico e compositor Francisco Rafael Dantas (França). Em 2001, assumiu o professor e compositor Márcio Dantas de Medeiros, que permanece até os dias atuais.

Utilizando instrumentos musicais próprios, adquiridos com recursos do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, através da FUNARTE, e também por componentes que adquiriram seus próprios instrumentos, a Associação Musical e Cultural Onze de Dezembro, desenvolve seus trabalhos, voluntariamente, através de uma Escola de Música e Filarmônica.

Buscando Adquirir e compartilhar conhecimentos, e descobrir valores próprios e talentos, procurando o reconhecimento cultural em nossa região, estado e país, fazendo com que nossa cidade, através da arte musical, torne-se um centro formador de cultura popular, a Filarmônica Onze de Dezembro se faz presente em eventos sociais, cívicos, escolares e religiosos da cidade e de cidades vizinhas, tendo sido vencedora e conquistado as primeiras colocações, em diversos concursos de bandas, realizados no nosso estado e em estados vizinhos.

11 de outubro de 2009

O FREVO

Imagem: marcelotas.blog.uol.com.br/.../frevo_abanda.jpg


O Frevo surgiu em Pernambuco, entre o fim do século XIX e o início do século XX, primeiramente como um ritmo carnavalesco, nascido dos maxixes, dobrados, polcas e marchinhas de carnaval. O frevo originalmente não tem letra, é só tocado por uma banda.

Do ritmo mais rápido, das bandas de músicas marciais, surgiu a dança do frevo, nos desfiles antigos de carnaval, quando jogadores de capoeira abriam o caminho para os músicos passarem pela multidão. O frevo mistura passos de ballet, capoeira e cossacos.

O nome frevo tem origem na palavra ferver, que na pronúncia popular virou “frever”. O significado é o mesmo de fervura, ou seja, agitação, rebuliço. O termo foi usado pela primeira vez em 1908, em um Jornal chamado Pequeno.

Embora arraste multidões dançando e divertindo-se, o frevo é uma dança complexa, de passos complicados, muita improvisação, que misturam rodopios, gingados, passos miúdos, malabarismos entre outros. Os dançarinos utilizam ainda uma sombrinha colorida (aberta) enquanto dançam, demonstrando grande técnica.

Existem mais de cem passos conhecidos do frevo, sendo os mais famosos: Locomotiva, Dobradiça, Fogareiro, Capoeira, Tesoura, Mola, Ferrolho e Parafuso, entre outros.

Nos anos 30, o frevo foi dividido em três ritmos:

* Frevo-de-Rua – É o frevo completamente instrumental, feito exclusivamente para dançar. A música do Frevo-de-Rua pode ter: notas agudas (frevo-coqueiro), predominância de pistões e trombones (frevo-abafo) e introdução de semicolcheias (frevo-ventania).

* Frevo-de-Bloco – Originada das serenatas realizadas paralelamente ao carnaval, no início do século. A orquestra de Pau e Corda é composta de banjos, violões, cavaquinhos e recentemente vem sendo utilizado também o clarinete.

* Frevo-Canção – Frevo mais lento, com algumas semelhanças em relação à marchinha carioca. É composto por uma introdução e uma parte cantada, terminando ou começando com um refrão.
O carnaval de Olinda é o carnaval do frevo, que pode ser considerado o carnaval mais popular do país, embora não seja o maior. Isso porque no carnaval do frevo não existem escolas de samba, sambas-enredo ou trios elétricos, ou seja, o carnaval é realizado pelo povo, pelas famílias que saem nas ruas para a folia.

http://www.infoescola.com/danca/frevo/

7 de outubro de 2009

SÉRIE - MEU INTRUMENTO MUSICAL - SAXOFONE



Ao contrário da maioria dos instrumentos populares hoje em dia, que para chegar ao seus formatos atuais foram evoluídos de instrumentos mais antigos, o saxofone foi um instrumento inventado. O pai do saxofone foi o belga Antonie Joseph Sax, mais conhecido pela alcunha de Adolphe Sax. Filho de um fabricante de instrumentos musicais, Adolphe Sax aos 25 anos foi morar em Paris, e começou a trabalhar no projeto de novos instrumentos. Ao adaptar uma boquilha semelhante à do clarinete a um oficleide, Sax teve a idéia de criar o saxofone. Não se sabe a data exata da criação do instrumento. A patente foi obtida por Sax em 28 de junho de 1846. Mesmo tendo sido lançado há muitos anos, os modelos e formatos continuam semelhantes aos criados por Adolphe Sax , sendo utilizado e admirado o formato original.


Embora seja feito de metal, o saxofone pertence à família das madeiras, pois seu som é emitido a partir da vibração de uma palheta de madeira que fica fixada à boquilha.


Por ter um som único, com propriedades tanto dos instrumentos de madeira, quanto dos de metal, o saxofone logo foi adotado por muitos músicos. O sax tem a capacidade de ter o poder de execução de instrumentos como o clarinete, ao mesmo tempo que tem uma potência sonora quase tão grande quanto à das cornetas. Além disso seu timbre é um dos que mais se assemelham ao da voz humana.


Construção
O saxofone é um instrumento fabricado em metal, geralmente latão, com uma mecânica semelhante à do clarinete e à da flauta. É composto basicamente por um tubo cônico com 26 orifícios que têm as aberturas controladas por 23 chaves vedadas com sapatilhas, geralmente de couro (nas versões mais modernas), e uma boquilha onde se acopla uma palheta, geralmente de bambu (instrumento de palheta simples).



Boquilha
A boquilha é a peça que se encaixa na ponta do saxofone e na qual é fixada a palheta. Seu funcionamento é semelhante ao de um apito, que gera as vibrações que irão percorrer o corpo do instrumento e as quais se tornarão o som típico do saxofone. As boquilhas podem ser fabricadas dos mais diversos materiais: massa plástica, metais, acrílico, madeira, vidro e até mesmo osso, contudo as de massa plásticas e de metais são as mais utilizadas.


O formato das boquilhas também pode variar bastante, tanto externamente quanto internamente. Alterações nos formatos implicam alterações significativas do som produzido, e devido a este fato, a escolha da boquilha é uma decisão muito pessoal para cada saxofonista. Não existe um padrão entre as fábricas. Grosso modo, duas medidas internas são definidas: a altura da abertura e a sua profundidade. Quanto maior for a abertura e menor a profundidade, mais estridente será o som produzido, já o contrário resulta num som abafado e pequeno.

A palheta
A palheta está para o saxofone assim como a corda está para o violão. Ela é a responsável pela emissão do som pelo instrumento. Ao soprarmos a boquilha é gerada uma coluna de ar que faz vibrar a palheta, produzindo o som.

As palhetas são fabricadas com madeira, geralmente cana ou bambu, existindo porém palhetas sintéticas criadas pela engenharia moderna. Existem numerações para determinar o nível de dureza de uma palheta, mas esta numeração não é padronizada, varia de fabricante para fabricante. Quanto mais dura é a palheta, maior é o esforço para a emissão da nota, contudo menor é o esforço para manter o controle da afinação.

Os saxofones são instrumentos transpositores, ou seja, a nota escrita não é a mesma nota que ouvimos (som real ou nota de efeito). Assim, para podermos ouvir uma nota equivalente ao dó de um piano é necessário escrever notas diferentes dependendo em qual tonalidade o saxofone é armado. A família dos saxofones mais utilizada atualmente é composta por:

* Soprano, armado em Si♭
* Alto ou contralto, em Mi♭
* Tenor, em Si♭
* Barítono, em Mi♭

Há porém outros modelos mais raros ou que foram caindo em desuso, por exemplo

* Sopranino, em Fá ou Mi♭
* Baixo, em Si♭
* Contrabaixo, em Mi♭
* Soprano, em Dó (não transpositor)
* Mezzo-soprano, em Fá
* C "Melody", em Dó (transpositor à oitava)
* Baritono, em Mi♭
* Sub-contrabaixo, em Si♭
* Contrabaixo(Tubax), em Mi♭
* Sub-contrabaixo (Tubax), em Si♭

Do menor para o maior temos: Sopranino, Soprano, Alto (ou Contralto), “C” Melody (Tenor em dó), Tenor, Barítono, Baixo e Contrabaixo.

Duas características comuns à família dos saxofones são o sistema de digitação e a escrita. A diferença básica entre os saxofones é o tamanho: o tubo pode variar de centímetros, como no sopranino, a vários metros, como no contra-baixo.
[editar] Fabricantes

Os maiores fabricantes de saxofones no mundo são Buffet Crampon, Keilwerth, Leblanc (Vito), Roland (Jupiter), Selmer, Conn, King, Buescher, Martin, Yamaha, Michael e Yanagisawa, J’Elle Stainer. Palhetas e boquilhas Vandoren. Temos também a fabricante brasileira de instrumentos musicais Weril.

Desses, um dos mais respeitados pelos saxofonistas é a companhia francesa Selmer Company, que conquistou a preferência de grandes saxofonistas como John Coltrane, que celebrizou o tenor modelo Mark VI, e Coleman Hawkins. Também podemos citar alguns modelos como os Conn New Wonder, Conn Lady Face, Conn NAked LAdy, King Super20, King Zephyr, Buescher Big B, Buescher Top Hat and Cane, MArtin HAndcraft entre outros.

Dos fabricantes orientais, o destaque é o Yanagisawa e Yamaha. Existe atualmente diversos fabricantes chineses, que fabricam saxofones de qualidade inferior aos mencionados acima e que tem um tempo de vida muito curto, juntamente com uma qualidade sonora indo de pequena a razoável. Uma exceção é a fabricante Parker, que possuí instrumentos com maior qualidade entre todos os outros chineses. A diferença de preço destes instrumentos é diretamente proporcional a sua qualidade, ou seja, pode-se comprar um instrumento chinês gastando algumas centenas de dólares ou um de qualidade superior gastando alguns milhares de dólares.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Saxofone

5 de outubro de 2009

PROGRAMA CORETO PASSA A SER TRANSMITIDO AO VIVO PELO SITE DA RÁDIO CABUGI DO SERIDÓ



Àqueles que admiram a música das filarmônicas agora podem ouvir o Programa Coreto ao vivo todos os sábados das 17:00 às 19:00 ao vivo pela Rádio Cabugi do Seridó no site: www.cabugidoseridó.com, ou no link da rádio ao lado.

É a Rádio Cabugi do Seridó e o Programa Coreto mais uma vez ampliando o acesso a informação e a música de qualidade.

RETRETA DA FILARMÔNICA 11 DE FEVEREIRO É REALIZADA NA CASA DE CULTURA POPULAR DA CIDADE DE PARELHAS











Nesta última quinta, dia 01 de outubro, foi realizado mais um “Calçadão Cultural” (denominação dada as programações que ocorrem no adro da Casa de Cultura de Parelhas).

O evento deu-se início com a apresentação da orquestra de flauta doce sob a regência do maestro Emanoel. Em seguida, apresentou-se, também sob a regência de Emanoel o grupo de clarinetes, executando várias composições.

Por fim, a Filarmônica 11 de Fevereiro deu início a uma belíssima retreta, executando desde dobrados à músicas populares, sendo constantemente aplaudido pelo público presente.

A retreta foi admirada por um bom público que teve a oportunidade de escutar e viajar através das melodias e harmonias produzidas pela banda parelhense.

O “Calçadão da Cultura “, denominação dada as esses eventos realizados no adro da Casa de Cultura Popular, foi uma realização da Casa de Cultura Popular de Parelhas, da Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de Cultura e da Filarmônica 11 de Fevereiro.

Aqui vai os parabéns da equipe do Programa Coreto a Parcélio e a equipe da Casa de Cultura de Parelhas, a Secretaria de Cultura de Parelhas e a Filarmônica 11 de Fevereiro. Esperamos que essa feliz iniciativa seja realizada também em outras cidades do Rio Grande do Norte, valorizando assim, as filarmônicas de nosso Estado.