31 de julho de 2009

SÉRIE: MEU INSTRUMENTO MUSICAL - TROMBONE



O trombone é um aerofone da família dos metais. É mais grave que o trompete e mais agudo que a tuba.

Há duas variedades de trombone, quanto à forma:

  • Trombone de Pisto: Utiliza pistos mecânicos como o trompete.
  • Trombone de Vara: Possui uma válvula móvel (vara), que, ao ser deslizada, altera o tamanho do tubo, mudando a nota. São várias as particularidades da vara:
    • Faz com que o trombone apresente todas as notas dentro da sua extensão (é comum entre os instrumentos de pisto um "buraco", isto é, notas ausentes na região grave).
    • Deixa o timbre do instrumento mais homogéneo em todos os registros, já que o ar não muda de caminho, apenas aumenta ou diminui o percurso.
    • É mais adequada para realizar efeitos como o glissando.
    • Requer um maior cuidado com a afinação.

A família do trombone apresentava originalmente os instrumentos Soprano, Contralto, Tenor, Barítono e Baixo. Com a evolução da música, alguns tipos foram sendo abandonados. O Romantismo consagrou o trombone tenor como o mais nobre da família.

Na atualidade utilizam-se muito frequentemente o trombone Tenor-Baixo, em Fá - Si bemol, e modelos dotados de válvulas mecânicas acionadas com a mão esquerda.

História

Da trompa primitiva importada do Egito à construção em cobre, em prata e, mais tarde na Idade Média, "Oricalchi" (liga especial idêntica ao latão) onde o nome dos "Oricalchis" aos instrumentos de metais e de sopros trazem às origens: o trombone de vara. A antiga trompa era de forma reta, com um bocal em sua extremidade superior enquanto que, em sua extremidade inferior se formava uma campana, representando a cabeça de um animal.

Documentações e pinturas de Peregrino, como as que se conservam no Escorial (Palácio dos Reis) em Madrid, levam a crer que um dos primeiros trombones de vara foi inventado e usado por Spartano Tyrstem no final do século XV.

Não se sabe ao certo como era chamado o trombone de vara antes do século XVI. A partir daí, o "Sacabucha" era tratado na Itália por "trombone a tiro" (trompa spezzata); na Alemanha, "Zugpousane"; na Inglaterra, “Sackbut”; e na França, "trombone à coulisse".

Até então, os instrumentos de cobre a bocal tinham sua gama de sons limitada aos sons harmônicos de um som fundamental, que dependia do comprimento total do instrumento. Por isso, a princípio, trocava-se de instrumento de acordo com a tonalidade da música a ser tocada. Posteriormente, foi desenvolvido um sistema de módulos com encaixes, que permitiam aumentar ou diminuir o tamanho do instrumento, alterando seu som fundamental.

O trombone foi o primeiro instrumento de cobre que apresentava a vara móvel. Tratava-se de uma evolução do sistema de módulos em que, em vez de encaixar e desencaixar partes, bastava correr a vara ao longo do instrumento para aumentar ou diminuir o tamanho do tubo. Dessa forma, podia-se dispor de sete sons fundamentais - obtidos a partir de sete posições da vara - além de todos os seus harmônicos, o que permitia executar no instrumento a escala cromática. Por isso, à época, foi considerado o mais perfeito instrumento de bocal.

Dos instrumentos da família do trombone, o soprano foi rapidamente abandonado porquanto não era uma trompa talhada no registro agudo, ficaram o trombone contralto em Mib, o tenor em Sib e o baixo em Fá. Há diversas composições para trombone contralto, tenor e baixo que adicionam ainda uma corneta a fim de realizar a parte do soprano. Existe uma Sonata de Giovanni Gabrieli (1597) composta para quarteto, em que uma das partes de corneta se tem substituído pelo violino.

Ao desuso do trombone soprano seguiu-se o desuso do trombone contralto, restando sobretudo o trombone tenor em sib. Pela aplicação de uma bomba mestra colocada em ação por um quarto pistom no trombone de pistom e uma válvula rotatória posta em ação pelo polegar esquerdo no trombone tenor em substituição do trombone baixo. Sabe-se que o trombone contrabaixo ou "Cimbasso" de forma igual a do trombone tenor, a uma oitava inferior deste, foi construído por Giuseppe Verdi para obter maior homogeneidade na família dos trombones.

Na segunda metade do século XVII não houve grandes avanços técnico no trombone de vara. Preocupava-se, à época, com os demais instrumentos de bocal, cuja insuficiência se manifestava cada vez mais evidente, principalmente depois do insucesso de Halernof com a aplicação da bomba coulisse primeiro ao corno e depois à trompa por volta de 1780, em busca de uma solução para dotar esses instrumentos de escala cromática.

A partir das cinco ou seis chaves, que funcionavam sobre orifícios num sistema de alavanca semelhante ao dos clarinentes e flautas do austríaco Weidinger e do inglês Halliday e, e da "encastre a risorte" aplicado à trompa pelo francês Legrain, se chegou aos pistons inventados por Bluhmel e aplicados à trompa pela primeira vez por Stölzel em 1813. Essa invenção consiste em três tubos suplementares de diferentes comprimentos comunicados com o tubo principal por meio de válvulas.

Em 1829, o fabricante vienense Riedl inventou os duplos pistons (dois pistons para cada bomba, por meio das alavancas que ficavam fixas) aplicando-lhe como pedais da harpa para trocar rapidamente de tonalidade. O novo mecanismo foi logo bem substituído pelo mesmo Riedl por cilindros ou válvulas rotatórias acionadas por através de alavancas com muito pouca diferença do mecanismo que se aplica hoje em dia. O tal mecanismo tomou o nome de instrumento à máquina.

O fabricante Adolphe Sax elevou a seis o número de pistos, chamando "sistema dos instrumentos a seis pistons independentes", a fim de obter melhor afinação, especialmente nas notas que requerem o emprego simultâneo de dois e três pistons. Mas, a inovação não teve êxito, por seu complicado mecanismo que provocara um manejo muito incômodo dos instrumentos e logo foi abandonado. Por superioridade pertence sem lugar às dúvidas, a invenção de Riedl.

Apesar de todas estas transformações e inovações, atualmente o trombone a máquina (pistons) não é um istrumento indicado para orquestras. Pode ser encontrado geralmente em fanfarras e bandas marciais.

21 de julho de 2009

FILARMÔNICAS DE VÁRIAS CIDADES SE APRESENTARÃO NA FESTA DE SANT’ANA

Banda Recreio Caicoense


Cerca de nove filarmônicas já marcaram nas suas agendas suas apresentações na Festa de Santana de Caicó, através do projeto Banda na Praça.

Implementado em 2008 com muito sucesso, pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte, o projeto proporciona uma oportunidade impar de vivenciarmos um repertório diversificado das várias filarmônicas de outras cidades.

O "Banda na Praça" acontecerá de 24 de julho a 1º de agosto na Praça da Liberdade. Vale ressaltar que o evento será aberto todas as noites pela Banda Recreio Caicoense, a qual carinhosamente é chamada de "A Furiosa", sob a regência do maestro Totó Medeiros.

Confira a programação:
24/07 (Sexta-feira): Filarmônica José Raimundo Cavalcante - Jardim de Piranhas

25/07 (Sábado): Filarmônica Santa Cecília - Equador

26/07 (Domingo): Filarmônica Dr. Rui Pereira - Serra Negra do Norte

27/07 (Segunda-feira): Filarmônica São Fernando - São Fernando

28/07 (Terça-feira): Banda de Música Duarte Machado - Santa Luzia/PB

29/07 (Quarta-feira): ainda a confirmar

30/07 (Quinta-feira): Filarmônica 11 de Fevereiro - Parelhas

01/08 (Sexta-feira): Filarmônica 11 de Dezembro - Carnaúba dos Dantas

02/08 (Sábado): Filarmônica de Cruzeta – Cruzeta

Fonte: afontenanet.blogspot.com

18 de julho de 2009

IMAGENS DE ENSAIO DA BANDA EUTERPE JARDINENSE

Atendendo a pedidos de internauta, aqui estão algumas imagens do ensaio da Banda Musical Euterpe Jardinense que se prepara para gravar o seu primeiro CD...

























5 de julho de 2009

COMPOSITOR




Compositor é um profissional que escreve música. Normalmente o termo se refere a alguém que utiliza um sistema de notação musical que permita a sua execução por outros músicos. Em culturas ou gêneros musicais que não utilizem um sistema de notação, o termo compositor pode-se referir ao criador original da música. Nesse caso, a transmissão para outros intérpretes é feita por memorização e repetição. Em geral, o compositor é o autor da música e, como tal, é o detentor dos direitos autorais. Atualmente as composições musicais são defendidas pela legislação de direitos autorais. Existem editoras especializadas em música e o compositor ou detentor dos direitos da composição recebem royalties sempre que uma nova gravação comercial ou execução pública é realizada.

Compositor na música erudita

Na Música Erudita, o compositor é um músico altamente treinado na teoria musical e normalmente é responsável, além da criação da partitura original, também pelos arranjos para a instrumentação ou para as vozes desejadas. No início do desenvolvimento da música erudita na Europa, a função do compositor não era muito valorizada. O intérprete tinha liberdade para alterar a composição como desejasse, acrescentando improvisações, ou mesmo misturando partes de composições diferentes. À medida que a música se tornou mais complexa, o compositor passou a ser associado à sua obra e ter mais controle sobre a execução de suas composições. A música escrita passou a ser encarada como um conjunto de instruções estritas das quais o intérprete não se deve desviar. O valor da interpretação da música erudita hoje em dia diz muito mais respeito à expressão que à improvisação. Para permitir que os intérpretes demonstrem virtuosismo, a maioria dos compositores, a partir do período clássico, passou a deixar momentos específicos na partitura onde o intérprete pode improvisar como desejar (cadenza), desde que o restante da composição seja respeitado.

Música popular

Na música popular, o compositor escreve a música para canções (e, às vezes, também as letras). A composição não é tão rígida como na música erudita, e admite-se (e, até, espera-se) a improvisação. Em muitos casos, a música é adaptada para a instrumentação do grupo musical que a executará pelo arranjador, um músico especializado nessa tarefa. Em certos gêneros, como o Jazz, nem essa etapa é necessária, e os músicos criam o arranjo durante a execução, improvisando livremente sobre os temas elaborados pelo compositor.

Termos relacionados

Em português, o termo "compositor" refere-se a qualquer gênero musical, erudito ou popular, mas em algumas outras línguas (como o inglês e o alemão) existe um termo específico para o compositor de canções populares (songwriter, em inglês, ou liedermacher, em alemão). Como um termo correspondente não existe em português, normalmente esse tipo de compositor é chamado de "compositor popular" ou "compositor de letra e música" ou "autor", simplesmente. Aquele que também interpreta suas próprias canções é chamado de "cantor e compositor" ou "cantautor". Por fim, o escritor de letras de música também é chamado "letrista".

1 de julho de 2009

PRÁTICA INSTRUMENTAL




A prática instrumental é o resultado do empenho e estudo, aplicados no contato com o instrumento escolhido.

Vertentes

A prática musical poderia classificar-se em duas vertentes: a erudita e a popular.

Tanto músicos eruditos como populares precisam da prática instrumental para executar músicas em seus respectivos gêneros. Essa prática é obtida inicialmente com exercícios de repetição que darão a agilidade necessária para os movimentos. Esse estudo deverá ser coordenado com elementos musicais como ritmos, melodias, acompanhamentos, batidas, harmonia.

Mesmo músicos que não tenham estudo teórico, desenvolverão esses elementos no contato com o instrumento. A percepção rítmica e sonora, bem como a coordenação motora, serão fatores determinantes para o desenvolvimento do instrumentista.

Prática sem teoria

Existem muitos músicos autodidatas, que possuem grande experiência prática, tornam-se instrumentistas diferenciados e aclamados, porém sem possuir estudo musical teórico.

Isso ocorre muito na vertente popular da música, mas raramente ocorre na chamada "escola" erudita, onde a leitura de pauta e conhecimentos teóricos consituem toda a base prática do instrumentista.

Muitos blues-men, cuja formação musical foi obtida em bares, pubs e clubes de jazz podem ser citados como exemplo de músicos cem por cento práticos.

De qualquer forma, todo músico precisa de prática instrumental, tenha ele instrução teórica ou não.

Teoria e prática

Quando o estudo prático do instrumento, exercícios e execução de peças, é realizado junto com o estudo teórico, o músico terá um horizonte muito mais amplo em toda a concepção musical, e resultados mais consistentes.

Todo estudo teórico aplica-se à prática: o estudo das escalas musicais é aplicado às improvisações; o estudo de leitura de partitura é aplicado à execução de peças; e o estudo de exercício de técnica é aplicado à desenvoltura ao instrumento.