A Banda de Música Municipal de Caraúbas, surgiu no ano de 1871, quando Raimundo Cândido Ribeiro de Menezes (natural do Distrito de Caiçara), andou ensinando esta arte a mocidade caraubense – segundo informações de Manoel Praxedes Benevides Pimenta, em seu livro, manuscrito, “Meu Eu”.
Com o falecimento do Maestro Raimundo Ribeiro, ocorrido no dia 05/02/1874, aos 48 anos de idade, a Banda passa a ser regida por seu discípulo, Obdon Fernandes Carneiro de Oliveira, que passou pouco tempo como regente, pois veio a falecer no dia 09/09/1874, aos 19 anos de idade, em conseqüência de uma picada de cobra.
A partir dessa data, o irmão de Obdon, Elízio Fernandes, então com 17 anos, assume a maestria da Banda, onde desenvolve um bom e longo trabalho a frente da corporação musical. Elízio passou 43 anos como maestro da Banda de Música de Caraúbas (09/09/1874 a 30/11/1917).
Em 1898, a Banda de Música era composta de 11 componentes: Elízio Fernandes (Mestre), Pedro Batista, Luiz Souto, Sebastião Saúdo da Costa (Pai Velho), Nilo de Góis, Aprígio Gurgel, Protásio Gurgel, Albino Gurgel, Salustiano Batista, Abílio Pimenta e Gregório Melo.
Após o afastamento de Elízio a Regência da Banda passa para o Maestro Pedro Batista de Morais, que ficou na função até 14/04/1922, quando faleceu aos 53 anos de idade.
Em 1922 foi adquirido um instrumental para a Banda ao preço de Oitocentos Mil réis, conforme Termo lavrado pelo Padre Benedito Basílio Alves, no livro de Tombo da Paróquia de Caraúbas.
Com o falecimento do Maestro Pedro Batista, a Banda passa a ser regida por Joaquim Amâncio, que passou 45 anos como maestro, de 14/04/1922 a 03/08/1967.
Em 1939, foi adquirido um instrumental para a Banda com auxílios recebidos do “Coronel Rozendo Fernandes” e, em agradecimento a ele, que sempre ajudava financeiramente a manter viva a tradição musical do nosso município, a Banda passou então a se chamar: Charanga Musical “Coronel Rozendo Fernandes”, já que, até então, a Banda não tinha nome.
Até inicio dos anos 60 a Banda realizava as tradicionais Retretas na Praça Pública de Caraúbas.
Joaquim Amâncio afasta-se da Banda aos 83 anos de idade e seu cargo passa a ser ocupado por seu sobrinho, Altino de Brito, que rege a Banda até 1970, quando chega ao nosso município o Tenente Antonio Rosendo Pires, que assume a regência da banda até 1971, quando é transferido para cidade de Apodi.
Altino de Brito assume novamente a regência da Banda, desta feita, auxiliado por Luiz Antonio Filho (Luizinho), e exercem a função até o ano de 1973. Neste ano, através da Lei Municipal Nº 008/73, de 10 de agosto de 1973, abre-se crédito para a compra de instrumentos para a Banda de Música no valor de Cr$ 15.000,00 (Quinze Mil Cruzeiros). A Lei Municipal Nº 011/73, da mesma data, denomina a Banda de Banda de Música Municipal Maestro “Joaquim Amâncio”, como forma de homenagear aquele que dedicou grande parte de sua vida – 45 anos só de regência – a arte da música; e a Lei Municipal Nº 012/73, também da mesma data, denomina a sede da Banda de Música Municipal de Francisco de Oliveira.
A partir deste ano a Banda de Música, que pertencia a Paróquia de São Sebastião, de Caraúbas, passa a pertencer ao município e assume o comando da mesma o Maestro Raimundo Nonato Gurgel de Paiva, auxiliado por Salustiano Gomes de Sales (Salú). Nonato fica a frente da Banda por um curto período (06 meses), se afasta e Luiz Antonio Filho (Luizinho), também auxiliado por Salustiano Gomes, assume como novo mestre até 1974.
Em 1974, assume a regência da Banda o Maestro Salustiano Gomes de Sales (Salú), que ficou na função até o seu falecimento, ocorrido no dia 17/12/1990.
Desde então, seu filho, Antonio Gomes de Sales (Toinho), assume a regência da Banda de Música Municipal “Maestro Joaquim Amâncio”, e, junto com os músicos procuram manter viva a tradição da Banda com sacrifícios e inúmeras dificuldades.
Eu tive o privilégio de ouvir a salva no mês de Janeiro. Emocinante!
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